terça-feira, 17 de maio de 2011

#OutraVez

Pode pedir para passar, pode rezar para passar, mas sabe que não há de passar. Posso estar em qualquer lugar, cercada de tantos mas tão só aqui dentro, como se nenhum olhar, nenhuma palavra conseguisse confortar a dor impiedosa que toma conta do coração.
Por que assim? Por que desta maneira? Inexistem respostas que satisfaçam as perguntas. Inexistem pessoas que substituam, pois no fundo, falta querer substituir. Falta querer aceitar, falta querer parar de querer você.
Não há como enxergar saída quando os olhos estão embaçados por lágrimas. Não há como ouvir os outros, se aqui dentro o protesto é enorme. E ironicamente, aqui fora o silêncio predomina. Faltam-me as palavras.
Eu sinto sua falta. Eu sinto falta das suas palavras, do seu olhar, e até das nossas discussões. É impossível não dizer que vivemos em extremos, mas saiba que não me arrependo de um só dia. Uma relação única, tanto para mim, quanto para você. 
Não basta dizer que fomos algo bom. Fomos algo excelente. Apesar das inúmeras divergências, a intimidade era irrevogável. Só eu sei de você. Eu sei ler seus sentimentos, mesmo quando não compreendo a razão para estarem ali.
Ouso apostar quem possa te amar assim demais, como eu. Pois afinal, eu me sinto bem, mesmo quando tudo mostra-se estar errado. É suficiente para mim estar ao seu lado. Parece certo estar contigo, parece certo ouvir o coração e ignorar os demais. Pois se me sinto feliz, qual é o erro?
Talvez o erro esteja na ausência da reciprocidade nas atitudes. Você não ousa sentir, pensar e agir como eu. Não há nada que eu possa fazer, até porque seria errado te pedir completa mudança. Apenas me pergunto constantemente, será que está feliz agora? (aonde está você agora?)
Só eu sei como dói estar perto, e ao mesmo tempo, ter que estar longe. Pode pensar que sabe também, mas não sabe. Afinal, quem sempre pede é você. O que sabe você sobre mim? Sabe apenas que nunca disse não para ti. E isto é fácil de aceitar, isto não dói.
Se o teu medo era perder, está aqui a sua maior ironia. Perdeu ao preferir atestar desistência. Escolha sua.
Não posso negar que para as minhas concepções, a razão que supostamente orienta, é ignorante. Nada sabe sobre amar, nada sabe sobre sentir. Passa indiferente por mim, não encontro o valor que você encontra. E talvez seja por tanto ouvi-la, que um dia descobrirá: Você também não sabe amar. العودة

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