sexta-feira, 21 de outubro de 2011

#Antônimos

É uma sinestesia, uma contradição de sentidos, uma confusão de sentimentos. Pode ser este o último romance, ou apenas mais um. Deixe o tempo contar a história de nós dois, não há mais espaço para opiniões alheias. Tudo o que importa esta noite é o seu olhar de encontro com o meu.
Saem amargas as palavras dos corações que não sabem amar. Um dia hão de aprender: Não existe vida sem amor, e portanto para mim, não existe vida sem você. Eu as recuso incessantemente e te peço, ignore-as também. A questão sou eu, a questão é você, nós, e ninguém mais.
Deixe os pequenos detalhes mostrarem a grandeza que possuem juntos. Tudo em nós é ritmado; Desde as batidas do meu coração até os minutos que precedem o último toque do dia. Como dói dizer adeus e pensar que longas horas de distância irão se estender até que eu possa finalmente te ver outra vez.
Às vezes tento fechar os olhos na esperança de que eles não denunciem tudo o que se passa dentro de mim. Existe um fascínio meu a cada atitude sua, a cada troca de olhares e sorrisos perversos. Há um significado a cada novo segundo, mas pouco sei de você.
A impressão que adquiri nesses meses ao seu lado traz consigo muita ironia. Sinto-me cada dia mais ignorante de você. Parece que no passado, com menor tempo de convivência, te conhecia muito mais. Este mistério faz com que todos os dias ao acordar, eu me apaixone outra vez por ti. É como se cada dia ao seu lado soasse como apenas o primeiro. Não encontro saciedade neste meu sentimento, parece que tem sempre mais um pouco e um pouco mais.
Estar junto faz cada dia difícil valer mais à pena. Este jogo de proibições, todos esses obstáculos impostos a todo tempo, conseguem realizar a psicologia inversa. Ao invés da desistência, cria-se cada vez mais uma certa abstinência que implora a todos os momentos, pela única razão destas palavras.

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