quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

#Dezembro

Depois da sede, da vontade, da saudade saciada, quase de forma imediata, ela traz a minha paz. É como beber uma dose incessante de um destilado com o teor alcoólico mais alto do que o permitido. Sinto como se houvesse um incêndio dentro de mim. O calor do corpo, do beijo, da pele. Tudo contrasta e harmoniza, denuncia meus sentidos cativos de você.
O sexo é somente uma fração do ato de fazer amor. Sou careta, gosto dos mínimos detalhes, os que precedem, os que anoitecem, os que sucedem e amanhecem. Tudo faz parte de um mosaico em que as minhas atenções são destinadas a nós - todo o resto do mundo tem que esperar a sua hora. É quase um egoísmo, mas eu não me importo. Como ela diria sorrindo em referência ao zodíaco, está no meu signo, minha vaidade, meu jeitinho.
Eu imprimo no branco do papel as minhas impressões, os meus segredos e desejos. As palavras buscam de forma exaustiva descrever o indescritível. Nenhuma tela ou fotografia é capaz de traduzir o sorriso dela. Mesmo com toda poesia, é impossível fazer jus com os rascunhos anêmicos de sua mágica.
Uma lágrima. Os minutos que clamam pela eternidade. É muito mais do que um abraço. É o momento em que tudo o que sou, está entregue a tudo o que ela é. É a simplicidade de render-se, confiar-se a outra pessoa de forma que o contato se torne subjetivo, sem medos, sem receios. Estávamos entregues àquele momento. Um soma sob a noite de lua cheia.
Eu defini em um dilúvio de sentimentos o que é o amor.
- Isso é tudo o que eu preciso.
Nós dissemos, e tínhamos toda a razão. Eu sorri.
Que sorte a minha tê-la encontrado.
Que sorte a minha tê-la.
Que sorte a minha.