sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

#(re)Escrito

O meu corpo pede pelo seu. Pede o hálito quente, o beijo descompassado pela urgência de saciar a sede. O calor da pele, do toque, do sorriso. Nessa noite paulista de fevereiro, o céu lá fora, chora. É verão, os dias estão inundados pela pela preguiça da cidade.
Meu bem, escrevo para aliviar a saudade. Os telefonemas não dão mais conta do recado. Tenho lido alguns clássicos, adquirido alguns vícios, ouvido alguns discos e enriquecido o vocabulário. Tenho que ocupar os pensamentos enquanto os meus olhos não podem te ver.
Acordo todos os dias e penso em você. Quase como quem risca os dias em um calendário. Uma contagem regressiva. Nas pausas das minhas efêmeras distrações, mais saudade. mais vontade. Menos consciência das consequências de aparecer aí, na Bahia, com uma rosa nas mãos e um sorriso no rosto, como quem diz sem usar as palavras: Vim te ver.
Sou assim, de impulso. De lirismo. De romance. De você.